(título da coluna original da Folha da Tarde - 1985)

20 agosto 2010

                                         Tempos de eleições
                  
                        Como oportuno complemento ao recente e belo artigo dominical do historiador Boris Fausto no Estadão, lembrando como eram as campanhas eleitorais nos anos 50, quando os politicos gritavam suas mensagens e programas em concorridos comicios em praça pública, em contato fisico direto com o povão, vale a releitura do conto O Ademarista, do grande escritor paulistano Marcos Rey (1925-1999).
                        Nessa peça literária brilhante e comovente, Rey narra, num ritmo veloz, no suspense da contagem de votos, as peripécias e sofrimentos do taxista Moa, em sua modesta mas dedicada luta pela vitória do seu candidato a governador, Adhemar de Barros.
                        (Autor de sólidos romances urbanos (Memórias de um gigolô, O enterro da Cafetina e Ópera de sabão), Marcos Rey foi sobretudo um contista maior.
                       Outra de suas obras inesquecíveis no gênero é O bar dos cento e tantos dias, um retrato melancólico da boemia intelectual paulistana e seus fins de tarde no antológico Paribar, na praça  Dom José Gaspar, no centro de São Paulo).
                       
                  

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