Lembra? Para direitos do tradutor Wladir Dupont

                                 
                             Melancólica Paim

            Aos poucos e de forma irreversível, sem voltar os olhos para trás, a voracidade do setor imobiliário liquida o pouco ainda restante - casinhas térreas, sujinhos e quitandas - da velha rua do Bixiga, entre a Frei Caneca e a avenida 9 de julho.
                     Agora foi ao chão, na base da picareta, o sobradinho 273, que durante muitos anos, na parte de baixo, abrigou a gloriosa Cantina Posilipo e, nos últimos anos, uma marcenaria.
                      A Posilipo, de visual simples e acolhedor, toalhas xadrez nas mesas, preparava massas al sugo e al dente como poucos concorrentes faziam na época, na São Paulo dos anos 50/60. 
                      Couvert farto, com fatias de pão italiano (da Basilicata ou da São Domingos)  e cubinhos de manteiga, azeitonas e beringela. No cardápio também uma bela pescada frita no aglio e olio, com brócolis e batatas douradas.