Vidas cifradas
No Bixiga dos anos ´50, tias, cunhadas e sogras, temerosas de que as crianças na sala ouvissem assuntos algo delicados, rápido mudavam os termos do papo diário, ao redor das três da tarde, à mesa do café, no sobradinho da rua Rui Barbosa.
Assim, quando falavam de outras senhoras da familia com problemas de gravidez malsucedida, diziam, no cochicho, coisas estranhas para as curiosas cabeças infantis.
Exemplos: ´ela tirou, ela raspou, ela perdeu, caiu.´
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