Do fundo da noite
De novo, moradores da rua do Gasômetro e imediações acordam no meio da madrugada algo inquietos.
Ouvem ao longe, numa voz melancólica, o canto napolitano do Nino Nina, que durante anos encantou com sua arte os fiéis comensais das cantinas do Brás - destaque para a gloriosa Balila.
Saudoso dos velhos tempos, o Nina, esgueirando-se pelas esquinas, volta agora ao pedaço, smoking puído, andar trôpego.
Às vezes, até se faz acompanhar pela Gildinha, a menininha do Pari desencarnada, pobrecita, aos sete anos, por uma pneumonia galopante, e enterrada, toda de branco, num caixão amarelinho.
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