Mexer com o passado
Matéria de ontem, segunda-feira, 14, na Ilustrada da Folha de S.Paulo, muito boa, aborda um tema tão espinhoso quanto fascinante: a necessidade das empresas de renovar a imagem de suas marcas tradicionais e a horrorizada resistência dos consumidores mais velhos. No meio do problema, a reação indignada dos criadores das ilustrações antigas. É o caso, por exemplo, do grande designer paulistano Alexandre Wollner, que viu sua bela e clássica embalagem das sardinhas Coqueiro surgir agora mais brilhante, com linhas modernosas, que, segundo a Folha, ¨rompe com os traços minimalistas do desenho original, pondo no lugar uma linguagem figurativa¨. E Wollner complementa: ¨...Não pode trocar um desenho por uma coisa mais bonitinha.¨ Discussões acesas dos dois lados, o fato é que essas mudanças, geradas pela velocidade visual de hoje, acabam trazendo um beneficio: a importância do debate sobre a preservação da memória afetiva e patrimônio do design no Brasil. Em tempo: ficamos então, neste espaço, com a clássica embalagem de Wollner para a Coqueiro.
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