(título da coluna original da Folha da Tarde - 1985)

19 janeiro 2010

                                                               Goleiros no gol

                           Houve tempo no futebol paulista, anos ´50,   lembra um velho morador da Mooca, torcedor do Juventus, que a figura do goleiro merecia todo respeito. Além de não poder sair da pequena área e só tratar a bola com as mãos, seu uniforme era sóbrio, preto ou cinza, o distintivo do clube no centro da camisa, nem pensar em figurinos espalhafatosos. Tempo em que o gol do Palmeiras era guarnecido por Oberdan, o do São Paulo por Poy, o do Corinthians por Gilmar. Nos times menores jogavam outros goleiros de bom nivel:  Muca (Portuguesa de Desportos), Jura (Comercial), Andu (Portuguesa Santista), Furlan (Nacional), Mauro (Jabaquara), Oswaldo (Ypiranga). Tempo saudoso em que só onze clubes disputavam o campeonato no Pacaembu, na rua Javari, no Palestra Itália, na rua Comendador Souza. Camisas com as cores e desenhos tradicionais, nada de marcas ou serviços. E, virtude maior, era o tempo, mais fácil de acompanhar, do esquema 2-3-5.

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