(título da coluna original da Folha da Tarde - 1985)
21 fevereiro 2010
O anjinho do Pari
Até hoje Jacin, homem feito, se pergunta por que, quando morreu a Gildinha, lá do Alto do Pari, aos dez anos, levada por fulminante infecção pulmonar, a mãe a vestiu toda de branco, como um anjo, e ainda tapou-lhe as narinas e os ouvidos com chumaços de algodão.
Perto do caixãozinho, também branco, ouviu e não entendeu o comentário de um tio da menina, ex-craque do Juventus: ¨Anjinhos não podem chegar no céu impuros.¨
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