Telefone 1
Rubem Braga, e isso é fato bem conhecido, era, além de um grande escritor, cronista inigualável, um homem de pouco falar e também avesso a dar entrevistas. Certa ocasião, perguntado sobre sua idade por uma jovem repórter, ele respondeu: ¨...Minha filha, sou do tempo em que telefone era preto e geladeira era branca...¨
Telefone 2
Houve época em São Paulo, anos ´50, em que ter um telefone em casa era um luxo só permitido a familias de sobrenomes influentes, com acesso à direção da empresa local, a Telefônica. Ademais, havia escassez de linhas e cabos em regiões da cidade, muita gente esperava anos numa fila. A palavra final, contudo, era do presidente, um certo sr. Reis, ele decidia a quem se concedia a tão sonhada linha. O problema, na essência político, era chegar no homem.
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