(título da coluna original da Folha da Tarde - 1985)

18 abril 2010

                           Depressão. Tem cura?

                      Chris: hoje vamos falar de tratamentos alternativos para a depressão. Mitos e crenças variadas às vezes ajudam, outras vezes atrapalham o processo curativo.
                      Em primeiro lugar, amiga, é preciso diagnosticar bem o seu problema, o que  aflige essa jovem e já atormentada cabeça. Lembre-se que estados depressivos todos nós temos. Pode ser pela perda de um ente querido, um tropeço sério na carreira, um desastre financeiro.
                     De todo modo, os efeitos dessas situações traumatizantes tendem a ter curta duração - duas semanas, um mês, e depois vamos em frente. Se passar disso, se o mal persistir ao longo do tempo, então, sim, talvez haja aí um quadro depressivo mais sério, grave até, que requer cuidados.
                    Feito o diagnóstico, num processo lento e meticuloso, o médico terapeuta prescreve o remédio adequado e recomenda (ou não) terapia paralela.
                    Aí então, sabedores da situação, amigos bem-intencionados aparecem e sugerem só tratamentos alternativos - acupuntura, meditação, orações, ervas, alimentação tipo natureba -,  enfim, uma série de recursos desse tipo, recomendados sobretudo porque ´não envenenam´ nosso organismo.
                   Nada contra a busca de curas, ou alivio, para problemas de saúde, entre eles, a depressão. É preciso porém, essencial diriamos, não apostar tudo nesse tipo de solução.
                    Faça uma experiência moderada com algum desses métodos, há profissionais sérios e competentes nesse campo, mas não abandone o tratamento convencional indicado para amenizar os sintomas da depressão: o mal, garantem os especialistas, um desequilibrio quimico cerebral, não tem cura comprovada, porém pode ser reduzido em grau satisfatório com medicamentos.
                     Às vezes, mistérios da natureza, vai embora e não volta mais. Quem sabe você está nesse grupo de privilegiados.

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