(título da coluna original da Folha da Tarde - 1985)
03 abril 2010
Roma eterna
No magnifico suplemento Babelia do jornal El País de hoje, sábado, uma ampla resenha informa sobre um dos grandes sucessos editoriais espanhóis do momento: o fascinio de leitores com a história do império romano, seus heróis, seus vilões, as legiões, os gladiadores, as prostitutas favoritas do César de plantão.
Entre ensaios, relatos históricos e novelas circulam no mercado treze livros sobre o tema - a escolher.
Contudo, no texto saboroso do resenhista, Jacinto Antón (como descrever latrinas públicas sem um toque de humor bem temperado?), não há, nem mesmo como referência editorial, algum termo de comparação, uma menção à suprema obra do gênero, The Decline and Fall of the Roman Empire, do historiador inglês Edward Gibbon, publicado em seis volumes, entre 1776 e 1789.
Escrita num estilo de imensa beleza e fluência, com base numa rigorosa pesquisa nas fontes então disponíveis, a extraordinária empreitada intelectual de Gibbon, de escopo monumental, explica as várias e complexas razões da queda do império romano - depois de 900 anos de tumultuada existência, em meio a guerras de conquistas e, mais tarde, derrotas pelos invasores bárbaros.
No Brasil, o livro saiu pela Cia das Letras, com tradução do poeta José Paulo Paes.
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