Tradução e coragem
Divergências entre a renomada tradutora Denise Bottmann e uma editora de prestigio, a Cosac Naif, reveladas hoje no suplemento Sabático do Estadão, merecem uma séria reflexão entre os profissionais do complexo oficio tradutório e os que elaboram certos critérios editoriais da indústria.
Numa atitude no minimo corajosa, Denise se desvincula da responsabilildade da tradução do livro Como funciona a ficção, do crítico inglês James Woods, por discordar da edição final da obra, segundo ela cheia de imprecisões nas citações do autor, reproduzidas de outras traduções.
A editora responde dizendo que ¨são questões pontuais e que a tradutora aprovou a edição final¨, coisa por ela negada, argumentando que ¨nenhuma precisão é excessiva...¨
Fica no ar, assim, uma questão mal resolvida, pois o conflito é bem mais complicado, em suas diversas facetas.
De todo modo, é louvável a atitude aberta de Denise, numa comunidade tímida, a dos tradutores, que além de mal pagos e sujeitos a prazos exíguos, ainda temem perder trabalho por causa de reclamações.
Um comentário:
olá, wladir, agradeço.
sobre essa edição brasileira, expus minhas objeções em http://desengripando-a-ficcao.blogspot.com/2011/03/como-engripa-ficcao.html
um abraço
denise
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