Ciao, Nino!
Há quem jura, lá no velho Brás, ter visto o espectro italiano do Nino Nina perambulando na madrugada noturna, ao longo da escura e deserta rua do Gasômetro, entoando baixinho canções napolitanas. Era o que ele fazia, há muitos anos, naquela mesma rua, nas noites de sábado da Cantina Balila. Ao redor de mesas fartas, cobertas com perna de cabrito, berinjela recheada e fusilli al sugo, ele, smoking puído e voz abaritonada, algo parecida com a de seu ídolo Mario Lanza, emocionava o distinto público, quase todo de origem peninsular, com sua derramada saudade da terra azurra. O Nino, pulmões fracos desde menino, foi embora cedo e a Balila, tempos depois, fechou as portas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário