(título da coluna original da Folha da Tarde - 1985)

22 maio 2010

                                           Adeus, velha São Paulo

                  Em 2009, um levantamento do jornal O Estado de S.Paulo revelava que 40% da memória da capital paulista está arrasada: quase 2 mil imóveis tombados ou em processo de tombamento estão abandonados, destruidos ou totalmente desconfigurados. 
           Hoje, meados de 2010, matéria no mesmo jornal informa sobre nova tendência na cidade, por certo não menos triste e nefasta: na procura voraz por terrenos grandes e livres, o mercado imobiliário avança, pagando bem e rápido, sobre os casarões que ainda abrigam colégios tradicionais. Postas abaixo as escolas, ali se erguem então modernosos megacondominios, iniciativa, aliás, incentivada pelo Plano Diretor municipal.
                 Na mesma matéria, analisa o presidente da Associação Preserva SP, Jorge Eduardo Rubies:
                  ¨...Esses terrenos são muitas vezes os únicos pulmões verdes em regiões edificadas, e seus prédios frequentemente têm interesse arquitetônico e histórico...
                 A qualidade de vida se deteriora e os políticos trabalham em função só dos interesses imobiliários. Os perdedores: nós, o meio ambiente, a memória e a beleza da cidade e a educação.¨               

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